Junto com os processos de compra de uma nova aeronave supersônica, que viria a ser o Mirage III, havia a necessidade de selecionar uma aeronave de treinamento para a conversão operacional. Com recursos disponíveis e a vontade de desenvolver uma indústria aeronáutica no Brasil, a FAB procurou uma aeronave adequada e que oferecesse condições contratuais vantajosas que permitissem a sua construção no país. A escolha recaiu sobre o Aermacchi MB-326. Esta encomenda e a fabricação do Bandeirante possibilitaram o início da Embraer. A versão brasileira do MB-326GB foi denominada Embraer EMB-326 Xavante. Esta aeronave é denominada AT-26 pela FAB, indicando sua dupla função de ataque e treinamento.
Os Xavantes entraram em operação em 1971 e continuaram em produção até 1981, sendo o primeiro avião a reação construído em série no Brasil. Um total de 166 aeronaves foram construídas pela Embraer para a Força Aérea Brasileira, sendo as demais exportadas para o Togo (6 unidades) e o Paraguai (10 unidades). Onze aeronaves usadas foram doadas para a Marinha da Argentina depois da Guerra das Malvinas para repor as perdas desta força no conflito.
O número de aeronaves adquiridas permitiu equipar vários esquadrões de ataque da FAB, além de sua função na formação de pilotos. Com o tempo, o número de aeronaves disponíveis diminuiu, estando todas as restantes integradas ao 1º/4º Gav cuja função é ministrar o curso de líder de esquadrilha. Aproximadamente 27 aeronaves ainda estão operacionais.
Tamanho: 14MB